"Compreendi que a Igreja tinha um corpo, composto de diferentes membros, não lhe faltava o membro mais nobre e mais necessário. Compreendi que a Igreja tinha um coração, e que este coração ardia de amor. Compreendi que só o amor fazia os membros da Igreja agirem, que se o amor viesse a se apagar, os Apóstolos não anunciariam mais o Evangelho, os Mártires se recusariam a derramar seu sangue..."

Santa Teresinha do Menino Jesus

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

“MULHER FEITA ORAÇÃO”





Ø  Mestra de oração:
               . Como Jesus ensinou a orar.

Ø  Dificuldades na oração:
- Achar que não somo0s ouvidos – escutados
- Não tenho tempo
- O temor: de encontrar-nos com Deus e com o irmão
- Falta de fé – falta de confiança
- Falta de amor: “... não pensar muito, e sim amar muito...”
- Falta de humildade
- Falta de compromisso
- Falta de perseverança: amigos da correria e a presa
- Não adaptar-se à vontade de Deus.

Ø  Método de Teresa: “Comecei a ter oração sem saber o que era” (V 94). A nadar se aprende nadando.
- Jesus presente dentro dela
- Olhar a Jesus
- Tudo falava de Deus (criação...)
- A experiência da amizade
- Oração de re3colhimento : Caminho c. 26 – 29
- Oração de meditação: reflexão
- Oração de contemplação : finalidade... amar muito...

Ø  Características da oração teresiana:
- Trato de amizade – encontro pessoal com Deus, Deus amor.
- É principalmente afetiva: amar e não pensar...
- É dinâmica: busca de Deus e compromisso apostólico
- Parte de uma Leitura Bíblica
- É Cristocentrica – Cristo é o centro
- É apostólica e eclesial: “... pelos negócios de Deus...”

Ø  A oração brota do amor : Caminho 40,3
- A oração é olhar a Cristo, mas sobre tudo ao irmão


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Isto foi tirado do livro: “uma mulher em caminho” de Eusebio Gomez Navarro 

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

LEITURA TERESIANA PROPOSTA PARA O ANO 2013-2014

 

 

Introdução:

AVILA – ESPANHA

 

14-06-2013

 

Querido irmãos e irmãs no Carmelo:

 

A leitura de Santa Teresa – um propósito fundamental do Carmelo para o V Centenário de seu

nascimento- está sendo fonte de revitalização, ajuda para descobrir a profundeza e riqueza

de sua espiritualidade. Nestes últimos anos compartilhamos suas obras - Vida, Caminho de

Perfeição, Fundações, Castelo Interior-, que são as mais traduzidas e difundidas por todo o

mundo. Teresa tem também outros escritos, mais breves, mas não por isso menos valiosos,

que nos confiam a intimidade e o dia a dia de Teresa: suas experiências nas Relações, suas

Exclamações, sua lírica nas poesias; nas Cartas, testemunhas de suas preocupações e anseios.

É por isso que neste último ano de preparação ao V Centenário do Nascimento de Santa

Teresa, queremos ler estes escritos breves, que formam uma grande e rica coleção que faria

quase impossível para serem lidos em um ano em comum e em comunidade, até para uma

leitura pessoal seria quase impossível. Por este motivo, escolhemos alguns textos. Assim

queremos saborear algo desta riqueza, oferecer algumas passagens mais interessantes. E, como diria a Santa, “engolosinar-nos”( tentarseducirestimularincitar,), animar-nos a , com mais calma, a ler toda sua obra.

Esta antologia é fruto das orientações do Pe. Tomas Alvarez e o trabalho dos padres Salvador

Ross, Pedro T. Navajas e Gabriel Castro, assim como de outras religiosas da Companhia de

Santa Teresa (Projeto Nudo) . Um trabalho que agradecemos vivamente , como também

agradecemos à Editorial Monte Carmelo por ter nos colocado a disposição todos os textos

de sua edição. Esperamos que as leituras deste ano, já próximo do Centenário, coroem esta

aproximação à nossa Madre Teresa, e nos animem a crescer em nossa vocação levados por sua

mão.

 

Pe. Antonio Gonzales

Secretário Geral do V Centenário

Do Nascimento de Santa Teresa.

 

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- Aqui vai se usar a edição brasileira Edições Loyola e Edições Carmelitanas de 1995

- Colocaremos a numeração correspondente à obra Brasileira e a página

 

I-. RELAÇÕES OU CONTAS DE CONCIÊNCIA

 

- Salamanca, abril 1571. Um pequeno canto sobre o sofrimento. Êxtases.

. 15 – pg. 810

- Sevilha, fins de 1575 ou fevereiro – março 1576. Relação de sua vida espiritual e confessores.

. 46 – pg.787

- Palencia, 1581. Seu espírito e maneira de proceder.

. 6 – pg. 805

 

II. Conceitos de amor de Deus ou Meditações sobre o Cantar dos Cantares.

Capítulo 1 – pg. 849

 

III. Exclamações

. Exclamação 4 – pg. 890

. Exclamação 17 – pg. 902

 

IV. Poesias

- Vivo sem viver em mim

. 01 – pg. 917

- Vossa sou, para Vós nasci

. 02 – pg. 963

Oh formosura que excedeis!

. 06 – pg. 971

- Busca te em mim

. 08 – pg. 979

 

V. Cartas

* 1 A dom Lorenzo de Cepeda, em Quito

Ávila, 23 dezembro 1561

. 02 – pg. 1037

*2 A dom Lorenzo de Cepeda, em Quito

Toledo, 17 Janeiro 1570

. 25 – pg. 1066

*3 A dona Luisa da Cerda, em Paracuellos

Ávila, 7 novembro 1571

. 37 – pg. 1082

*A dona Juana de Ahumada, em Galinduste

Ávila, 4 fevereiro 1572

. 39 – pg. 1085

*A dona Maria de Mendoza, em Valladolid

Ávila, 7 maio 1572

. 40 – pg. 1086

*6 Ao Pe. Domingo Bañez, em Valladolid

Só tem janeiro de 1574

. 56 – pg. 1103

*7À madre Maria Bautista, em Valladolid

Segovia, metade ou final de junho 1574

. 62 – pg. 1111

*8 A dom Teutonio de Braganza, em Salamanca

Segovia, 3 julho 1574

. 65 – pg. 1115

*9 À madre Isabel de Santo Domingo, em Segovia

Beas, 12 maio 1575

. 78 – pg. 1133

*10 Ao Pe. João Batista Rubeo, em Piacenza

Sevilha, 18 junho 1575

. 80 – pg. 1135

*11 Ao Rei Dom Felipe II, em Madri

Sevilha, 19 julho

. 83 – pg. 1141

*12 Ao Pe. João Batista Rubeo, em Cremona

Sevilha, janeiro – fevereiro 1576

. 98 – pg. 1162

*13 A dom Lorenzo de Cepeda, em Toledo

Toledo, 24 julho 1576

. 108 – pg. 1185

*14 Ao Pe. Jerônimo Gracian, em Sevilha

Toledo, 23 outubro 1576

. 129 – pg 1224

*15 À Madre Maria de São José, em Sevilha

Toledo, 7 dezembro 1576

. 151 – pg. 1256

*16 Ao Pe. Ambrosio Mariano, em Madri

Toledo, 12 dezembro 1576

. 155 – pg. 1263

*17 Ao Pe. Jerônimo Gracian,em Sevilha (?)

Toledo, 13 dezembro 1576

. 154 – pg. 1260

*18 A do Lorenzo de Cepeda, em Ávila

Toledo, 2 janeiro de 1577

. 165 – pg. 1273

*19 Ao Pe. Jerônimo Graciano, em Sevilha (ou Paterna) (?)

Toledo, 3 janeiro 1577

. 152 – pg. 1257

*20 A dom Lorenzo de Cepeda, em Ávila

Toledo, 17 janeiro 1577

. 171 – pg. 1289

*21 A dom Lorenzo de Cepeda, emÁvila

(?) Não se encontra ou 10 janeiro 1577

.176 – pg. 1301

*22 Ao Pe. Ambrosio Mariano, em Madri

Toledo, 16 fevereiro 1577

. 178 – pg. 1305

*23 A dom Lorenzo de Cepeda, em Ávila

Toledo, 27 e 28 fevereiro 1577

. 179 – pg. 1307

*24 À Madre Maria de São José, em Sevilha

Toledo, 28 de fevereiro 1577

. 180 – pg. 1310

*25 A Roque de Huerta, em Madri

Toledo, 14 julho 1577

. 195 – pg. 1336

*26 Ao Rei Felipe II, em Madri

Ávila, 4 dezembro 1577

. 215 – pg. 1350

*27 Ao Pe. Hernando de Pantoja, em Sevilha

Ávila, 31 janeiro 1579

. 271 – pg. 1440

*28 Às Carmelitas descalças de Sevilha

Ávila, 31 janeiro 1579

. 272 – pg. 1442

*29 À Isabel de São Jerônimo e Maria de São José, Sevilha

Ávila, 3 de maio 1579

. 282 – pg. 1454

*30 À priora e comunidade de carmelitas de Valladolid

Ávila, 31 de maio 1579

. 283 – pg. 1460

*31 À Madre Maria Bautista, em Valladolid

Ávila, 9 junho 1579

. 285 – pg. 1463

*32 Ao Pe. Jerônimo Gracian, em Alcala

Ávila,10 junho 1579

. 286 – pg. 1464

*33 A dom Teotônio de Bragança, em Évora

Valladolid, 22julho 1579

. 293 – pg. 1477

*34 A dom Lorenzo de Cepeda, em La Serna (Ávila)

Toledo, 10 abril 1580

. 324 – pg. 1523

*35 À irmã Teresa de Jesus, em Ávila

Medina, 7 agosto 1580

. 337 – pg. 1544

*36 Ao Pe. Jerônimo Gracian, em Alcala

Palencia, 17 fevereiro 1581

. 357 – pg. 1573

*37 À Madre Maria Bautista, (?)

Não se encontra

*38 Ao Pe. Jerônimo Gracian, em Alcala

Palencia, metade de fevereiro (19 fevereiro) 1581

. 358 – pg. 1575

*39 Ao Pe. Jerônimo Gracia, em Alcala

Palencia, 21 fevereiro 1581

. 359 – pg. 1578

*40 Ao Pe. Jerônimo Gracian, em Alcala

Palencia, 27 fevereiro 1581

. 360 – pg. 1581

*41 A dona Juana de Ahumada, em Alba

Segovia, 26 agosto 1581

. 384 – pg. 1611

*42 À Madre Maria de São José, em Sevilha

Ávila, 8 novembro 1581

. 393 – pg. 1624

*43 A dom Lorenzo de Cepeda (Filho), em Quito

Ávila, 15 dezembro 1581

. 407 – pg. 1643

*44 À priora e Carmelitas Descalças de Soria

Ávila, 28 dezembro 1581

. 409 – pg. 1646

*45 À irmã Leonor da Misericórdia, em Soria Burgos, metade de maio 1582

. 426 – pg. 1663

*46 A dom Jerônimo Reinoso, em Palencia

Burgos, 20 maio 1582

. 429 – pg. 1665

*47 À Madre Ana de Jesus, em Granada

Burgos, 30 maio 1582

. 430 – pg. 1667

*48 À Madre Maria de São José, em Sevilha

Burgos, 6 julho 1582

. 433 – pg. 1675

*49 À Madre Catalina de Cristo, em Soria

(última carta de Santa Teresa)

Valladolid – Medina, 15-17 setembro 1582

. 446 – pg. 1695


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NOTICIAS SOBRE AS Eleições na comunidade Santa Teresinha de Passos

 “A vida se alcança e amadurece à medida que é entregue para dar vida aos outros”. 

"Isto é, definitivamente, a missão». 

                                                                                     EVANGELII GAUDIUM, 10


Aconteceu dia 19/11/2013 a eleição do novo Conselho da Comunidade Santa Teresinha, Passos-MG.
tivemos a presença de Madre Elizabeth ocd, que fez conosco uma reflexão sobre a eleição de Deus, e os momentos em que nos colocamos disponíveis e a serviço da comunidade.
Refletimos pontos de nossa constituição e do Estatuto.
agradecemos ao Senhor por sua presença no meio de nós!



O Conselho ficou assim  composto:

Presidente- Rose Piotto
Formadora- Suzana Lemos

Conselho_
1a. C.- Soraya Santiago Castro,  
2a. C- Lurdinha Pimenta  e 
3A. C- Nora Minchilo

Secretária- Sandra Regina Ferreira
Tesoureira –Silvia Santiago Castro


«Na doação, a vida se fortalece; e se enfraquece no comodismo e no isolamento. De facto, os que mais desfrutam da vida são os que deixam a segurança da margem e se apaixonam pela missão de comunicar a vida aos demais».    EVANGELII GAUDIUM, 10


domingo, 7 de julho de 2013

Texto de um estudo iconográfico inédito, por Gabriel Saggi e Emanuele Boag

Texto de um estudo iconográfico inédito, por Gabriel Saggi e Emanuele Boaga


Em Corleone, na Igreja do Carmo, existe uma imagem  feita por Tomásio de Vigília em 1492, que é a mais famosa de todas sobre o tema de "Maria Carmelita, Virgem das Virgens". A obra tem um grande valor, porque toda a sua composição pictória é uma síntese da espiritualidade mariana da Ordem nos séculos XV e XVI.
Lançando um olhar a toda essa composição, no centro vemos Maria Santíssima representada como a "Mulher do Apocalipse", descrita pelo Apóstolo São João em Ap. 12,1. A Virgem aparece aqui suspensa no ar,tendo debaixo de seus pés a lua arqueada e sobre sua cabeça dois anjos sustentam uma coroa de doze estrelas. Uma aréola de raios dourados cinge toda a figura. Da cabeça desce um manto, ornamentado com motivos florais, que em dobras graciosas caem em redor de sua figura. No braço esquerdo segura o Menino Jesus e a mão direita mostra o seio, como a dizer que do seu leite virginal todos devem nutrir-se como de uma fonte de inocência e pureza. O Menino Jesus no braço e o gesto de aleitamento revelam ao mesmo tempo a divina maternidade de Maria. É profundo, portanto, o sentido teológico no que se refere a Maria: a sua maternidade divina, a sua virgindade, o fato de ser a nova "Eva", a mulher do Apocalipse, significando que todas as graças, todos os favores e toda a salação nos vem de Jesus, mas pelas mãos maternais de Maria.
À direita sob a imagem maior, aos pés de Maria, está presente a lembrança da visão de São Simão Stock - e talvez é esta a sua mais antiga representação em um quadro - como um pequeno particular isolado, e sem específicos desenvolvimentos da ideia da preservação do inferno. Próximo a S. Simão Stock está S. Brocardo, com o livro da Regra na mão e ao lado do primeiro convento ou oratório do Monte Carmelo. Ao lado esquerdo, da outra parte, estão as figuras dos "Padres da Ordem", ou seja, os Santos Ângelo de Sicília e Alberto de Trápani. Na parte superior da imagem maior, estão os santos profetas Elias e Eliseu, com inscrições que dizem: "Foi-lhe dada a glória do Líbano, o esplendor do Carmelo" (Is 35, 2), "Maria Carmelita, Virgem das Virgens".
De ambos os lados da imagem maior, De Vigília pintou em oito quadrinhos as ilustrações do conteúdo da "Bula sabatina", e como Nossa Senhora protege sua Ordem e seus devotos, introduzindo-os no céu e apresentado-os à Santíssima trindade.
Acompanhemos o pintor nos diversos quadrinhos.
No quadrinho superior do lado direito vemos os frades carmelitas reunidos em capítulo.  Dois deles vão saindo, enviados como delegados ao Papa para obter uma nova confirmação da Ordem. O pintor, com liberdade toda própria da Idade Média retirou toda uma parede, para poder apresentar aos frades reunidos em capítulo.
No seguinte quadro encontramos o Papa João XXII sentado no trono e cercado do colégio dos cardeais. Os dois delegados se retiram sem ter conseguido a tão almejada proteção.
No quadro seguinte, Nossa Senhora, vestida com o hábito carmelitano, aparece ao mesmo Papa, respeitosamente ajoelhado, e apontando para os carmelitas, estranhamente presentes à visão, coloca nas suas mãos um longo pergaminho escrito, ordenando-lhe que confirme a Ordem do Carmo. É interessante notar, como o espírito medieval indicou que o fato ocorreu à noite, pois no mesmo quadro em miniatura o pintor representou o Papa na cama.
No último quadro deste lado direito, vemos de novo o Papa no seu trono cercado de cardeais. Ele entrega aos frades carmelitas o longo pergaminho (a "Bula Sabatina") recebido de Nossa Senhora. É interessante observar que o Papa, exceto na visão noturna, aparece sempre rodeado pelos cardeais; é um sinal de que neste fato está presente a Igreja, na sua hierarquia.
O fato de que estes quadrinhos do lado direito se referem à história da "Bula sabatina" é confirmado não somente pelas inscrições debaixo de cada um deles, mas também pela representação dos mesmos do lado esquerdo. A partir de baixo, no primeiro deles vemos um padre carmelita, diante de um altar de Nossa Senhora, com dois santos carmelitas (ou seja, os "Padres da Ordem"), no ato de admitir uma senhora na Confraria da Ordem, dando-lhe o manto branco, isto é, como sinal do hábito da Ordem. Por esta recepção fica cumprida a condição fundamental do privilégio sabatino, que foi dado a todos os membros da família carmelitana.
No segundo quadrinho ao lado esquerdo, vemos o purgatório, representado como um lago de foto, dentro de uma gruta. Dois anjos retiram daquele lugar as almas devotas de Nossa Senhora do Carmo. É curioso observar como as almas, fora do corpo, são representadas nuas, trazendo o Escapulário "noturno" dos religiosos. Pode-se explicar assim: o manto branco, na "Bula sabatina", é dado como "sinal do santo hábito", isto é, do hábito da Ordem, trazido pelos religiosos. Os leigos não poderiam, portanto, trazer o referido hábito, uma vez que o direito canônico da época prescrevia que, se alguém trouxesse o hábito de uma Ordem por um ano inteiro, tornava-se automaticamente religioso professo da mesma Ordem para todos os efeitos e com todas as consequências. Mas,como na vida além da morte, no céu, não vigora o direito canônico, válido somente na terra, eis que as almas aí trazem o mesmo hábito da Ordem, ainda que em forma reduzida: o Escapulário noturno.
No quadro seguinte, Nossa Senhora recebe as almas debaixo do seu manto protetor. Uma delas é de um religioso carmelita que traz também o escapulário pequeno. Neste quadro, Maria Santíssima está cercada de anjos tendo a seus pés dois deles com trombetas, como que chamando as almas: ou o pintor quer dizer que tais almas permanecerão sob o manto de Maria até a ressurreição final?
No último quadrinho, finalmente, vemos a Santíssima Trindade, as Três Pessoas num único contorno cercado de uma auréola de raios dourados. Dos lados aparecem os justos. Embaixo as almas são apresentadas a São Pedro por um anjo; e depois, Maria acolhe e apresenta à Santíssima Trindade as almas por Ela libertadas das chamas do purgatório. Assim, pela mão da Virgem do Carmelo e por meio da afiliação e participação aos benefícios espirituais de sua Ordem através do Hábito, conseguem a felicidade eterna junto ao trono do Altíssimo e em companhia da Mãe amável, da Rainha do céu e da terra, da Virgem Mão do Carmelo.
Terminando a descrição destes quadrinhos, não podemos deixar de admirar toda a representação e conteúdo desta imagem. Com uma simplicidade e uma minúcia verdadeiramente medievais, o pintor se expressou de tal maneira que o povo simples sem dificuldade, compreendia todo o conteúdo da devoção mariana dos carmelitas e de seus sublimes benefícios espirituais.
é de notar ainda que esta imagem foi reproduzida pelo próprio De Vigília ou por discípulos seus ao menos três vezes, mesmo estando ausente nestas cópias o detalhe de Simão Stock recebendo o Escapulário e o fundo do campo geral central seja diferente. Este fato de fazer cópias nos prova como a mesma imagem de "Maria Carmelita, Virgem das Virgens" aponta o período e o ambiente da manifestação da devoção do Carmelo siciliano à Senhora do Carmo nos séculos XV e XVI, interpretando toda a visão da Ordem sobre o mistério de Maria: a Mãe de Deus, a Virgem puríssima e a Irmã modelo da vida carmelitana, e a protetora de seus filhos e devotos.

(Livro: A Senhora do Lugar - Maria na História e na vida do Carmelo, Emanuele Boaga, Ocarm. Livraria e  Editora do Carmo, Curitiba/PR, 1994, pp. 197-1999)


RETIRO DA COMUNIDADE SANTA TERESINHA DE PASSOS

OMINGO, 7 DE JULHO DE 2013


A Comunidade Santa Teresinha de Passos, fez seu retiro anual neste dia 06/07/2013.
o tema foi : ENTRAR NO SILENCIO INTERIOR DAS 7 MORADAS

Nosso orientador foi o Imão Jose Carlos Temperinni, irmão de São Gabriel que nos cedeu o espaço da casa deles: o CAPP, um lugar lindo e cheio de verde e espaço pra podermos nos retirar a sós com aquele que nos ama.
Pudemos exercitar a oração mental, silenciosa e também usufruir de textos que nos ajudaram e refletir sobre as nossas contituições e normas de nossa OCDS.
Aprender a buscar o silencio interior exercitando também o silencio exterior. Grande riqueza!!

AQUI COLOCAMOS UMA LENDA QUE REFLETIMOS SOBRE O BEM QUE É ESTAR PERTO DE DEUS E COMO O TEMPO NADA VALE DIANTE DE TANTABELEZA E PLENITUDE NO CÉU:



A LENDA DO MONGE E DO PASSARINHO


Entre as lendas que a Idade Média nos legou, uma das mais belas é sem contestação aquela na qual se diz que certo monge rogava a Deus em instantes súplicas, que lhe desse em vida uma pequenina amostra dos gozos do paraíso. Eis senão quando um dia chegou aos seus ouvidos o canto dum passarinho, mas tão suave e melodioso que, no desejo de mais perto o ouvir, saiu do seu convento e foi prostrar-se junto do sítio onde a avezinha estava poisada. Sempre enlevado, ali se quedou algum tempo, segundo ele pensava, até que o alado cantor se afastou, dando fim aos seus trinados. O bom do monge voltou então ao cenóbio, mas grande foi a sua admiração, quando viu o exterior mudado, e maior ainda, ao saber do porteiro que nenhum dos seus antigos confrades lá estava. À vista da sua insistência em afirmar que poucas horas havia que dali saíra, perguntaram-lhe o nome do seu abade; foi então que, consultados os anais da casa, se reconheceu que trezentos anos se tinham passado entre a sua partida e chegada. Pouco tempo sobreviveu o santo homem à estranha aventura, voando o seu espírito de aí a pouco para o seio de Deus.[1]
[1] Existe uma Canção de Santa Maria, a 103.ª, de Afonso o Sábio, que conta esta lenda: “Como Santa Maria fez estar o monge trezentos anos ao canto da passarinha, porque lhe pedia que lhe mostrasse qual era o bem que avian os que eran en paraiso”.

Agradecemos ao Irmão Jose Carlos Temperinni, a disponibilidade, a doação e toda alegria no recreio final do retiro apos a partilha! foi maravilhoso!

Nosso DEUS LHE PAGUE, orações e amizade.



oração das horas na capela

adoração ao Santíssimo

MOMENTO DE REFLEXÃO DAS CONSTITUIÇOES


PALESTRA

Dinâmica  sobre a oração




Almoço preparado com carinho pelas voluntarias 

Almoço preparado com carinho pelas voluntarias 


oração de escondimento

oração de escondimento



partilha 

recreio com nosso artista principal

quinta-feira, 14 de março de 2013

A IMPORTÂNCIA DA QUARESMA PARA O CARMELITA SECULAR





«Não consintamos, irmãs, que a nossa vontade seja escrava de alguém, mas só d’Aquele que a comprou com o Seu sangue» Sta. Teresa (CV 4, 8.)

O tempo quaresmal é um tempo de reflexão, interioridade e reconciliação não só para nós Carmelitas Seculares, mas para todos nós cristãos Batizados.  Todos os homens são chamados a participar na caridade da única santidade de Deus.

Para nós carmelitas temos seguimentos práticos que nos ajudam a caminhar com segurança. Não só neste tempo de espera, mas em preparação permanente para a Páscoa definitiva.

Apenas lembrando vou citar aqui, os números 10 e 11, das Constituições ocds:

ORAÇÃO E MORTIFICAÇÃO

10. A vida de oração, cimento e exercício primordial do Carmelo8, seja cultivada pelo Carmelita Secular com o uso dos meios que a Ordem para isto sugere:

a. participação cotidiana da Eucaristia;

b. leitura orante das Sagradas Escrituras;

c. acompanhamento espiritual;

d. meia hora por dia de oração mental;

e. celebração cotidiana da Liturgia das Horas: Laudes, Vésperas e Completas;

f. leitura espiritual, particularmente das obras de autores carmelitas;

g. retiro anual.

 

11. Porque a vida de oração e de união com Deus exige uma contínua conversão e purificação9, o Carmelita Secular cultivará o espírito de penitência e de mortificação, segundo as indicações que se seguem:

a. receberá, preferencialmente uma vez por mês, o sacramento da Reconciliação;

b. praticará algum exercício de penitência, segundo a tradição da Ordem, especialmente nas sextas-feiras do Advento e Quaresma, e em preparação às festas da Ordem, especialmente o jejum e abstinência na Vigília da festa de N. Sª do Carmo.

c. exercitará a virtude do silêncio; visitará os enfermos, especialmente aqueles que são membros do Carmelo Secular, para os animar a viver no Amor de Deus e dos irmãos; receberá com paciência as contrariedades da vida...”

 

A quaresma é especificamente para nós Carmelitas Seculares  o grande exercício prático da nossa escolha e entrega de vida a Deus por meio das promessas e da vivência da espiritualidade Teresiana.  É  um tempo de graça e de verdade, para descobrir mais sobre si mesmo, para quebrar correntes e abrir nossos corações para Deus, na comunhão na solidariedade.

Devemos crer que se por nossa decisão somos carmelitas seculares, temos em nossa vida , não um privilegio e sim uma responsabilidade”. Nós fazemos um compromisso com a Ordem. Por este compromisso assumimos  a responsabilidade de corresponder às exigências de sermos Carmelitas. E assim, abrimo-nos a responsabilidade  sermos na Igreja a parte oracional  silenciosa que  a ordem nos propõe.

Cremos que se por nossa decisão somos carmelitas seculares, temos em nossa vida , não um privilegio e sim uma responsabilidade”. Nós fazemos um compromisso com a Ordem. Por este compromisso assumimos  a responsabilidade de corresponder às exigências de sermos Carmelitas. E assim, abrimo-nos a responsabilidade  sermos na Igreja a parte oracional  silenciosa que  a ordem nos propõe.

É tempo de exercitar nossa Vida,exercitar o desapego da  vontade e colocá-la a serviço do reino e de Nosso Senhor Jesus, na oração, “no esforço de transformar a realidade segundo os valores evangélicos, unindo-as ao sacrifício de Cristo; oferecer o trabalho cotidiano como participação na Criação e na Redenção, bem como sacrifício grato a Deus no exercício do sacerdócio comum dos fiéis batizados10”  (conf. Est. 11)

 

Que tenhamos uma santa quaresma, e que a Páscoa plenifique nossos corações de vida nova.


Rose Lemos Piotto, ocds



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