"Compreendi que a Igreja tinha um corpo, composto de diferentes membros, não lhe faltava o membro mais nobre e mais necessário. Compreendi que a Igreja tinha um coração, e que este coração ardia de amor. Compreendi que só o amor fazia os membros da Igreja agirem, que se o amor viesse a se apagar, os Apóstolos não anunciariam mais o Evangelho, os Mártires se recusariam a derramar seu sangue..."

Santa Teresinha do Menino Jesus

terça-feira, 24 de maio de 2011

HISTÓRIA DA COMUNIDADE SANTA TERESINHA DE PASSOS

“Feliz o coração enamorado, que em Deus coloca o pensamento.”
A Comunidade da OCDS em Passos, começou no dia quinze de novembro mil novecentos e oitenta e cinco,(1985) juntamente com a Comunidade da OCDS de Franca , cujas pessoas responsáveis foram: a Madre Priora do Carmelo de S. José de Passos- Ir Teresinha do Menino Jesus, sendo depois submetida à apreciação de Dom Gerardo Reis, que era o capelão do Carmelo e Dom Diógenes Silva Mathes, bispo de Franca e que também estava presente.
Foram os primeiros idealizadores de nossa Comunidade Juntamente com Madre Teresinha e D. Gerardo Ferreira Reis: Frei Patrício Sciadinni, Catarina Maia Reis e Aparecida Ribeiro que trabalharam convidando pessoas para a conhecerem e participarem da comunidade, destas, muitas estão até hoje perseverantes desde a primeira reunião em 1986.
A partir desta data e oficialmente em 1987, a Comunidade de Passos, começou a caminhar juntamente com a Província Carmelitana Descalça e sendo orientada pelos Frades Carmelitas Descalços, ajudada pelas Monjas de nosso Carmelo de Passos.
E com muita alegria recebemos a visita fraterna de irmãos da OCDS de Franca( Cidinha e Daniel) de Tremembé( sr. Tonini e Zé Eduardo) de Sete Lagoas( Andreia) de BH( Fernando Alcici e Izabel) e de Paulinia( Sandra e Marcio Muller).
A missa foi Celebrada por Frei Alzinir e cantada pelas monjas do Carmelo São José de Passos.
Agradecemos a Deus e a todos os irmãos que perseveram nestes 25 anos desde a fundação, partilhando a espiritualidade Carmelitana e recebendo novos membros desde 1985.


abaixo algumas fotos da missa de nossos 25 ANOS 






neste espaço faltam fotos ainda de muitas pessoas
 que queremos colocar e estamos nos esforçando para adquiri-las.



Princípios da formação


A formação do Carmelita Secular na escola do Carmelo

"Os membros da Ordem Secular dos Carmelitas Descalços são membros da Igreja, chamados a viver "em obséquio de Jesus Cristo", através "da amizade com Aquele que sabemos nos amar", servindo a Igreja. Sob a proteção de Nossa Senhora do Monte Carmelo, e inspirando-se em Santa Teresa e São João da Cruz e à tradição bíblica do profeta Elias, buscam aprofundar os empenhos cristãos recebidos no batismo" (Constituições, n. 3). 

O objetivo central do processo de formação na Ordem Secular é preparar a pessoa a viver o carisma e a espiritualidade do Carmelo no seguimento de Cristo, a serviço da missão. 
Com verdadeiro interesse pelos ensinamentos da Igreja e pela espiritualidade dos nossos santos carmelitas, os leigos carmelitas buscam ser homens e mulheres maduros na sua vida, na prática da fé, da esperança e do amor e na devoção à Virgem Maria. Empenham-se a aprofundar a própria vida cristã, eclesial e carmelitana. A formação cristã é a base sólida para a formação carmelita e espiritual. Por meio do catecismo da Igreja Católica e dos documentos da Igreja, os leigos carmelitas recebem os fundamentos teológicos necessários. 
A formação teresiano-sanjuanista, seja inicial ou permanente, ajuda a desenvolver no Secular a própria maturidade humana, cristã e espiritual a serviço da Igreja. Com a formação humana desenvolve a capacidade do diálogo interpessoal, o mútuo respeito, a tolerância, a possibilidade de ser corrigido e de corrigir com serenidade os irmãos, e a capacidade de perseverar nos empenhos assumidos.

A identidade carmelitana matura-se com o estudo da Escritura Sagrada e na Lectio Divina, na importância dada à liturgia da Igreja, especialmente à Eucaristia e à Liturgia das Horas, e na espiritualidade do Carmelo, na sua história, nas obras dos santos da Ordem e na formação na oração e na meditação.
A formação ao apostolado baseia-se na teologia da Igreja a respeito da responsabilidade dos leigos, e a compreensão do papel dos Seculares no apostolado da Ordem ajuda a dar-se conta do lugar que ocupa a Ordem Secular na Igreja e no Carmelo.
A introdução gradual à vida da Ordem Secular estrutura-se no modo seguinte:
a) Um período suficiente de contato com a comunidade com duração não menor que seis meses. A finalidade desta etapa é fazer com que o candidato familiarize-se sempre mais com a comunidade, com o seu estilo de vida e com o tipo de serviço à Igreja, que é próprio da Ordem Secular do Carmelo Teresiano. Também tem por fim dar a oportunidade à comunidade de cumprir um adequado discernimento. Os Estatutos Provinciais especificarão tal período.
b) Depois do período inicial de contato, o Conselho da comunidade pode admitir o candidato por um período mais sério de formação que durará habitualmente dois anos e que será orientado à primeira Promessa. No início deste período de formação dá-se ao candidato o escapulário, um sinal externo da sua pertença à Ordem e do fato que Maria é ao mesmo tempo Mãe e modelo no seu caminho.
c) No fim desta etapa, com a aprovação do Conselho da comunidade, convida-se o candidato a faze a primeira Promessa de viver o espírito dos conselhos evangélicos e das Bem-aventuranças, por um período de três anos.
d) Nos últimos três anos de formação inicial o carmelita secular fará um estudo mais aprofundado da Escritura, dos documentos da Igreja, dos Santos da Ordem, da oração e do modo de tornar-se capazes de participar no apostolado da Ordem. No fim destes três anos, o Conselho poderá admitir o candidato à Promessa definitiva de viver o espírito dos conselhos evangélicos e das Bem-aventuranças, por toda a vida (Constituições, n. 32-33).

Perfil de um Carmelita Secular




Elementos para o discernimento da vocação à Ordem dos Carmelitas Descalços Seculares 
Pe. Aloysius Deeney, OCD 

O ponto de partida para esta colocação é responder à pergunta: Quais são os princípios que se usa para discernir a vocação à Ordem dos Carmelitas Descalços Seculares? Quem é chamado a ser um Carmelita Secular e, como você distingue entre os que são chamados e os que não são chamados? 

Entre os frades e as monjas, as pessoas não saem por serem más pessoas. As pessoas não são mandadas embora do mosteiro (ou do convento) por serem moralmente inaceitáveis. Ser membro da Ordem é uma vocação, e uma vocação que precisa, para o bem de todos, ser claramente identificada. De outro modo, a Ordem – sejam os frades, ou as monjas, ou os seculares – se se desvia de seu caminho, confunde sua identidade. 

Eu descreveria um membro da Ordem Secular de Nossa Senhora do Monte Carmelo e Santa Teresa de Jesus como um membro praticante da Igreja Católica que, sob a proteção de Nossa Senhora do Monte Carmelo e inspirado por Santa Teresa de Jesus e por São João da Cruz, se compromete com a Ordem a buscar o rosto de Deus, para o bem da Igreja e do mundo. 
Em tal descrição se distinguem seis elementos que, conjuntamente, são elementos que movem as pessoas a se aproximarem da Ordem e a buscar uma identificação com ela de uma maneira mais formal. 

Membro praticante da Igreja Católica. 

Isto significa católico romano, não em referência ao rito latino, porém em referência à unidade sob a liderança do Bispo de Roma, o Papa. A maioria dos católicos romanos pertence ao rito latino; entretanto, há outros ritos dentro da Igreja Católica Romana: maronita, malabar, melquita, ucraniano, etc.. Há comunidades da Ordem Secular em cada um destes ritos: a comunidade OCDS do Líbano pertence ao rito maronita. 

A palavra praticante diz alguma coisa sobre a pessoa que pode ser membro da Ordem Secular. Como critério básico para identificar um praticante da fé católica sugiro determinar sua capacidade de participar plenamente na Eucaristia, com uma consciência limpa. A eucaristia é o cume da identidade e da vida católicas; é o ponto de encontro entre o céu e a terra. Assim, se alguém é livre para participar do cume, então os pontos menores são certamente permitidos. 
Na maioria dos casos, no passado, isto era de fácil determinação. As pessoas que vinham à Ordem Secular procediam de paróquias onde os frades estavam presentes, ou tinham contatos com frades ou monjas que os recomendavam para a Ordem Secular. O divórcio não era um problema significativo na vida católica; a maioria das situações era transparente. Hoje em dia não é assim. As coisas não são sempre claras, e é precisamente aqui que o Assistente Espiritual pode ser de maior ajuda para o Conselho de uma comunidade da Ordem Secular, ajudando a fazer uma seleção dos candidatos. 
Darei um exemplo. Uma mulher se aproxima de uma comunidade de Ordem Secular. Ela é conhecida de alguns do Conselho, e eles sabem que ela está em seu segundo casamento. Eles também sabem que ela vai regularmente à missa e participa dos sacramentos. O Conselho gostaria de ter mais esclarecimentos antes de admitir essa pessoa na formação. 
Há poucas possibilidades neste caso. A primeira é que a Igreja tenha declarado nulo seu primeiro casamento. Outra possibilidade é que, por acordo com seu confessor, ela e seu marido vivam de tal modo que participem dos sacramentos da Igreja. Uma entrevista com o Assistente Espiritual esclareceria as respostas, sem necessidade de maiores explicações. Respeitando o direito à privacidade e a um bom nome de que todo membro da Igreja desfruta, ele daria uma palavra ao Conselho que permitiria a essa pessoa entrar para a Ordem Secular. 


A Ordem Secular é, juridicamente, parte da Ordem dos Carmelitas Descalços. É uma instituição da Igreja Católica Romana e está sujeita às leis da Igreja. A Sagrada Congregação deve aprovar sua legislação própria. Então, alguém que não pertence à Igreja Católica não pode ser membro da Ordem Secular. As pessoas não-católicas interessadas na espiritualidade do Carmelo são certamente bem vindas para participar de qualquer maneira que a comunidade os convidar, mas não podem ser membros da Ordem Secular. 
Aqui nós temos o primeiro elemento de identidade de um membro da Ordem Secular: uma pessoa que participa da vida da Igreja Católica. Há, certamente, mais, porque existem milhões de pessoas que participam da vida da Igreja Católica que não têm o menor interesse no Carmelo. 

Sob a proteção de Nossa Senhora do Monte Carmelo. 

Não é qualquer devoção a Nossa Senhora que identifica a uma pessoa chamada à Ordem Secular. Há muitos cristãos que são muito devotos de Nossa Senhora e têm um caráter mariano altamente desenvolvido em sua vida cristã. Existem muitos cristãos ortodoxos, assim como anglicanos, que são verdadeiramente marianos. Há muitos católicos que usam o escapulário por razões válidas e com sincera dedicação a Maria, que não são chamados a serem Carmelitas Seculares. Não é só isso, mas há algumas pessoas que vêm à Ordem Secular precisamente por sua devoção a Maria, ao escapulário e ao rosário, que não têm vocação para a Ordem Secular. 

O aspecto específico da Bem-Aventurada Virgem Maria que deve estar presente em qualquer pessoa chamada ao Carmelo é a inclinação a meditar em seu coração, frase que o evangelho de São Lucas usa duas vezes para descrever a atitude de Maria frente a seu Filho. Sim, todos os demais aspectos da vida e devoção marianas podem estar presentes – a devoção ao escapulário, o terço e outros. Eles são, todavia, secundários àquele aspecto da devoção mariana. Maria é nosso modelo de oração e meditação. O interesse em aprender a meditar ou a inclinação à meditação é uma característica fundamental de qualquer OCDS. Talvez seja a mais fundamental. 
Uma experiência freqüente em muitos grupos é a de ter pessoas que se aproximam da Ordem Secular para se tornarem membros – às vezes um sacerdote diocesano que é muito devoto de Maria, ou alguém que já tenha feito muitas peregrinações a santuários marianos em todo o mundo, ou uma pessoa que está muito familiarizada com muitas das aparições e mensagens atribuídas a Maria – verdadeira autoridade em movimentos marianos da atualidade. Muitas vezes essas pessoas não têm a menor inclinação para meditar em seu coração. Desejam tornar-se rapidamente “professores” da comunidade sobre a Bem-Aventurada Mãe e introduzem uma corrente mariana não-carmelitana na comunidade. Se essa pessoa é um sacerdote, é muito difícil para a comunidade proteger-se desse desvio em sua vida mariana. Há outros grupos marianos e movimentos que podem ser lugar para essa pessoa, porém não a Ordem Secular. 
Além disso, na família Teresiano-Carmelitana há um lugar para aqueles cuja motivação primária é a devoção ao escapulário e a Nossa Senhora do Carmo. É a Confraria (ou Irmandade) do Escapulário ou a Confraria (ou Irmandade) de Nossa Senhora do Monte Carmelo. 
Maria, para os membros da Ordem Secular, é o modelo de atitude meditativa e de disponibilidade. Ela atrai e inspira o Carmelita a um modo contemplativo de entender a vida do corpo místico de seu Filho, a Igreja. É ela quem atrai a pessoa ao Carmelo. E no programa de formação, que a pessoa conhece quando entra no Carmelo, este é o aspecto que deve ser desenvolvido na pessoa. Então, digo que este é o segundo elemento: sob a proteção de Nossa Senhora do Monte Carmelo. 

O membro da Ordem Secular de Nossa Senhora do Monte Carmelo e de Santa Teresa de Jesus é um praticante de qualquer dos ritos da Igreja Católica Romana que, sob da proteção de Nossa Senhora do Monte Carmelo e inspirada por Santa Teresa de Jesus e por São João da Cruz... Aqui nós temos o terceiro elemento. Mencionei ambos, Santa Teresa de Jesus e São João da Cruz, e devo dizer, logo no início desta seção, que também posso incluir Santa Teresinha do Menino Jesus ou a Beata Elisabeth da Trindade ou Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein), mas Santa Teresa de Jesus e São João da Cruz são centrais para este ponto. 
Tendo mencionado todos estes grandes personagens da tradição carmelitana, sublinho a importância de santa Teresa de Jesus, a quem, em nossa tradição, nos referimos como Nossa Santa Madre. A razão é porque a ela foi dado o carisma. Em muitas partes do mundo somos chamados Carmelitas Teresianos. São João da Cruz foi o colaborador original de Nossa Santa Madre tanto no aspecto espiritual quanto no aspecto jurídico da re-fundação do Carmelo neste novo caminho carismático; por isso é chamado Nosso Santo Padre. Para mim, é difícil imaginar um Carmelita Descalço, de qualquer ramo, que não seja atraído por um, que não o seja por ambos: suas histórias, suas personalidades e, o mais importante, seus escritos. 
Os escritos de Santa Teresa de Jesus são a expressão do carisma dos Carmelitas Descalços. A espiritualidade dos Carmelitas Descalços tem um fundamento intelectual muito bem cimentado. Há uma doutrina envolvida aqui. Doutrina vem de docere, palavra latina que significa ensinar. Qualquer pessoa que queira ser Carmelita Descalça deve ser uma pessoa interessada em aprender dos Mestres do Carmelo. Há três carmelitas Doutores da Igreja Universal: Teresa, João e Teresinha. 
Uma pessoa vem à comunidade. É uma pessoa com um grande amor pela Bem-Aventurada Mãe e quer vestir o escapulário em honra de Maria como um sinal de dedicação a seu serviço. Esta pessoa é muito orante, porém não tem interesse em ler ou estudar a espiritualidade do Carmelo Teresiano. Esta pessoa tenta ler um dos doutores Carmelitas, porém simplesmente não tem interesse em continuar lendo. Para mim, é uma boa pessoa, que pode pertencer à Irmandade do Escapulário, mas definitivamente não tem vocação para a Ordem Secular do Carmelo. 
Este é um aspecto acadêmico da formação de um Carmelita Teresiano. Há uma base intelectual na espiritualidade e na identidade de quem é vocacionado para a Ordem. E, como acontece com cada frei e cada monja, cada Secular representa a Ordem. Um Carmelita que não tem interesse em estudar ou aprofundar as raízes de sua identidade por meio da oração e estudo perde sua identidade e não pode mais representar a Ordem. Também não fala pela Ordem. Muitas vezes, quando ouvimos um Carmelita falar, torna-se óbvio, enquanto escutamos o que é dito, que ele não foi além do que aprendeu na formação, anos atrás. 
Esta base intelectual é o princípio de uma atitude de abertura ao estudo. Ela leva a um interesse mais profundo na Escritura, teologia e documentos da Igreja. A tradição da leitura espiritual, a lectio divina e tempo para estudar são a coluna vertebral da vida espiritual. Boa formação depende de boa informação. Quando a informação é ruim, ou ausente, ou incorreta, a formação é interrompida ou atrasada, tendo como resultado confusão para o Secular. Se esse Secular, por algum acaso, torna-se de algum modo representante de uma comunidade OCDS, a comunidade sofre. Isto acontece com os freis, com as monjas e também acontece com os Seculares. 
Esta base acadêmica ou intelectual é muito importante e está, infelizmente, ausente em muitos grupos da Ordem Secular. Não é uma questão de “ser intelectual” para ser Secular. É uma questão de ser inteligente na busca da verdade sobre Deus, sobre si mesmo, sobre a oração, sobre a Ordem e sobre a Igreja. A obediência, desde longa data, tem sido associada com o intelecto e a virtude da fé.
Obediência significa abertura para ouvir (ob + audire, em latim). É uma atitude radical da pessoa, para ir além do daquilo que ela já sabe.

Educação também vem do latim (ex e ducere = levar para fora de). Santa Teresa descreve a pessoa da terceira morada como quase presa e incapaz de se mover. Uma das características desta pessoa, permanentemente na terceira morada, é que ela quer ensinar todo mundo: ela sabe tudo. Na realidade, ela é desobediente e não pode ser educada. Isto é, ela está fechada e incapaz de aprender. 

Que se compromete com a Ordem. 

Há muitos católicos comprometidos, que são devotos de Maria e até mesmo experts em Santa Teresa, São João ou em um de nossos santos e não têm vocação para Ordem Secular. Estas pessoas podem ser contemplativas ou quase ermitãs, gastando horas na oração e no estudo cada dia, mas não têm vocação para serem Carmelitas. Qual é o elemento que distingue estas pessoas daquelas chamadas a seguir Jesus Cristo mais de perto como Carmelitas Seculares? 

Não é a espiritualidade, nem o estudo, nem a devoção a Maria. Expondo de maneira simples, o Carmelita Secular é movido a comprometer-se com a Ordem e com a Igreja. Este compromisso, na forma das Promessas, é um acontecimento eclesial e um acontecimento da Ordem, além de ser um acontecimento na vida da pessoa que faz as Promessas. Em certo sentido, tendo sempre em mente os contextos particulares de família, trabalho e responsabilidades que estão presentes em sua vida, a pessoa que faz o compromisso passa a ser caracterizada como Carmelita. 
Como disse, é um acontecimento eclesial e um evento da Ordem. É por essa razão que a Igreja e a Ordem têm uma palavra essencial, em união com o candidato, na aceitação e aprovação do compromisso da pessoa. É também por essa razão que a Igreja e a Ordem dão as condições e estabelecem os termos contidos nas Promessas. É possível que uma pessoa queira comprometer-se a certas coisas, meditação diária e o ofício divino, por exemplo. Porém a Igreja, por meio da Ordem, estabelece as linhas básicas e gerais para entender esta compromisso. 
O Secular pertence ao Carmelo. O Carmelo não pertence ao Secular. O que quero dizer com isso é que há uma nova identidade, desenvolvida a partir da identidade batismal, que se torna, necessariamente, ponto de referência. Assim como a Igreja é ponto de referência para a pessoa batizada (a pessoa batizada pertence à Igreja), o Carmelo passa a ser ponto de referência para o Secular. Quanto mais “católico” alguém se torna, mais reconhece a universalidade da Igreja. Da mesma forma, quanto mais “Carmelita” alguém se torna, mais reconhece a universalidade do Carmelo. De fato, a pessoa que se compromete com o Carmelo na Ordem Secular descobre que o Carmelo se torna essencial à sua identidade como católico. 
É porque as Promessas são o meio pelo qual alguém se torna membro da Ordem Secular que a formação para as Promessas é tão importante – formação e formação permanente. 
Um aspecto importante deste compromisso é o compromisso com a comunidade. Uma pessoa que deseja ser membro da Ordem Secular deve ser capaz de formar comunidade, de ser parte de um grupo que está dedicado a uma meta comum, mostrar seu interesse pelos outros membros, ser capaz de apoiar outros na busca de uma vida de oração e ser capaz de receber o apoio de outros. Isto se aplica mesmo àqueles que, por várias razões, não podem participar ativamente de uma comunidade. Na formação com vistas ao futuro da comunidade, esta característica social é uma das que devem ser desenvolvidas. Há pessoas que são introvertidas e quietas, mas são muito sociáveis e capazes de formar comunidade. E há pessoas que são muito extrovertidas e ao mesmo tempo incapazes de formar comunidade. Nesta questão é necessário usar o bom senso. Responda à seguinte questão: daqui a dez anos, com a ajuda desta pessoa, o que a comunidade será? 
Há também a questão de pessoas que pertencem a outros movimentos: Catecumenato, Focolares, Movimento Mariano de Sacerdotes, Renovação Carismática, por exemplo. Se o envolvimento da pessoa não interfere com seu compromisso com o Carmelo e se a pessoa não introduz na comunidade elementos incompatíveis com a espiritualidade OCDS, então, em geral, não há problema. Quando a pessoa desvia a comunidade de seu propósito e estilo de vida espiritual que os problemas começam. Algumas vezes há pessoas tão confusas que elas vêm ao Carmelo e falam sobre Nossa Senhora de Medjugorie. E vão a um encontro de Medjugorie e falam sobre oração teresiana. 
O ponto mais importante é: a pessoa deve escolher a Ordem Secular. Este compromisso deve ser mais importante do que outros movimentos ou grupos. 

Este compromisso com a Igreja mediante o Carmelo tem tanto um conteúdo, quanto um propósito. Eles estão expressos nos dois últimos elementos de minha descrição de quem é um Carmelita Secular. 

A busca do rosto de Deus. 

Este elemento expressa o conteúdo das Promessas. Eu poderia reformular este elemento de várias formas: rezar, meditar, viver a vida espiritual. Escolhi este porque é bíblico e expressa a natureza da contemplação: observar maravilhado a palavra e a obra de Deus para conhecê-lo, amá-lo e servi-lo. O aspecto contemplativo da vida carmelitana deve concentrar-se em Deus, reconhecendo sempre que a contemplação é dom de Deus, não uma aquisição resultante do dedicar bastante tempo a essa tarefa. Este é o compromisso com a santidade pessoal. O Carmelita Secular deseja ver Deus, deseja conhecer Deus e reconhece que a oração e a meditação adquirem grande importância. As Promessas são um compromisso com um novo modo de vida, no qual a fidelidade a Jesus Cristo marca a pessoa e a maneira como ela vive. 

A vida pessoal do Carmelita Secular se torna contemplativa. O estilo de vida muda com o crescimento nas virtudes que acompanha o crescimento no espírito. É impossível viver uma vida de oração, meditação e estudo sem mudanças. Este novo estilo de vida melhora todo o resto da vida. A maioria dos membros da Ordem Secular que são casados, e aqueles com famílias, experimentam que o compromisso com a vida carmelitana na OCDS enriquece seu compromisso matrimonial e familiar. Homens e mulheres Carmelitas Descalços Seculares que trabalham experimentam um novo compromisso moral pela justiça no lugar de trabalho. Os que são solteiros, viúvos ou separados encontram neste compromisso com a santidade uma fonte de graça e força para viver suas vidas com dedicação e propósito. Isto é o resultado direto de buscar o rosto de Deus. 
A oração é a essência do Carmelo? Muitas vezes ouvi ou li esta afirmação. Nunca tenho muita certeza de como respondê-la. Não porque não saiba o que é a oração ou porque a oração não seja de grande importância para qualquer Carmelita, mas porque nunca sei o que o orador ou escritor quer justificar com seu enunciado. Se para a pessoa oração quer dizer santidade pessoal e a busca de uma espiritualidade genuína que reconhece a supremacia de Deus e da vontade divina para a família humana, então sim, eu concordo. Se a pessoa quer dizer que eu, como Carmelita, realizo minha inteira obrigação de Carmelita sendo fiel à minha oração e que não há nada mais que eu precise fazer, então não, não estamos de acordo. Santidade pessoal não é o mesmo que busca pessoal de santidade. Para um membro batizado da Igreja a santidade é sempre eclesial, nunca egoísta ou apenas para satisfação própria. Nunca sou juiz de minha própria santidade (Nemo judex in causo suo). 
Sou santificado pela prática das virtudes. Isto é resultado direto de uma vida de busca orante de Deus em minha vida. Este é o segredo Carmelita: a oração não nos torna santos. A oração é um elemento essencial na santidade cristã (carmelitana) porque é o contato freqüente e necessário para permanecer fiel a Deus. Este contato permite a Deus fazer sua vontade em minha vida, a qual então anuncia ao mundo todo a presença de Deus e sua bondade. Sem o contato da oração não posso conhecer a Deus, e Deus não pode ser conhecido por outros. 
Buscar o rosto de Deus requer uma inacreditável quantidade de disciplina no sentido clássico e original da palavra (discípulo – alguém que aprende). Devo reconhecer que sou para sempre um estudante. Nunca me torno um mestre. Sou sempre surpreendido com a ação de Deus no mundo. Deus é, para sempre, mistério. As pistas da existência de Deus sempre me interessam; eu as encontro em todos os momentos da vida, como solteiro, viúvo, casado, na família, no trabalho e na solidão. Porém, elas só se tornam reconhecíveis e claras por meio da oração, observando a partir do coração. O chamado à santidade é um desejo ardente no coração e mente daquele que é chamado à Ordem Secular. É um compromisso que o Secular deve assumir. O Secular é atraído pela oração, achando na oração um lar e uma identidade. 

Esta oração, esta busca de santidade, este encontro com o Senhor tornam o Secular mais consciente do seu ser parte da Igreja. E, como membro mais comprometido com a Igreja, a vida do Secular é mais eclesial. À medida que a vida de oração cresce, ela produz mais frutos na vida pessoal (crescimento da virtude) e na vida eclesial (apostolado) do indivíduo. 

Para o bem da Igreja e do mundo. 

Esta é a novidade no entendimento do lugar do Secular na Ordem e na Igreja. É o resultado do desenvolvimento da teologia da Igreja sobre o papel dos leigos na Igreja, e da aplicação dessa teologia à Ordem. Começando com o documento do Concílio Vaticano II Apostolicam Actuositatem – Sobre o Apostolado dos Leigos e seus frutos, os Sínodos sobre os Leigos, em 1986, e sobre a Vida Consagrada, em 1996 (Christifidelis Laici e Vita Consecrata), a Igreja tem sublinhado constantemente a necessidade de um mais aprofundado compromisso dos leigos para com suas necessidades e as necessidades do mundo. Santa Teresa tinha a convicção de que a única prova da oração era o crescimento nas virtudes, e que o fruto da vida de oração era o nascimento de boas obras. 

Às vezes ouço um Secular dizer: o único apostolado do Secular é a oração. A palavra que torna esta afirmativa falsa é “único”. Uma atitude orante e obediente aos documentos da Igreja nos faz ver claramente que o papel do leigo na Igreja mudou. A Regra de Vida fala sobre a necessidade de cada Secular ter um apostolado individual. A Christifidelis laici ressalta a importância do apostolado de grupo das associações na Igreja, e a OCDS é uma associação na Igreja. Muitos Seculares, quando ouvem mencionar o apostolado de grupo, pensam que estou falando sobre a comunidade inteira estar envolvida em algo que toma horas e horas de cada dia. Não é isto, em absoluto, o que “apostolado de grupo” quer dizer. O parágrafo 30 da Christifidelis laici dá os princípios básicos de eclesialidade para as associações e faz uma lista dos frutos desses princípios. O primeiro fruto da lista é um desejo renovado pela oração, meditação, contemplação e vida sacramental. Estas estão “bem dentro do caminho do Carmelo”. Quantas pessoas precisam saber o que nossos carmelitas Doutores da Igreja têm a dizer! Se cada carmelita se dedicasse a propagar a mensagem do Carmelo, quantas pessoas evitariam confusão em sua vida espiritual! Entre em uma grande livraria e você verá quanta bobagem está classificada na seção “Misticismo”. 
Cada comunidade tem que responder, como comunidade, a esta pergunta: Que podemos fazer para compartilhar com outros o que temos recebido por pertencer ao Carmelo? 
Nós, como Carmelitas, podemos ajudar a esclarecer essa bagunça tornando conhecido o que sabemos. Isto não é uma opção. É uma responsabilidade. Ser Carmelita não é um privilégio. É uma responsabilidade, tanto pessoal quanto eclesial. 
Como disse no começo, não é só um elemento que ajuda no discernimento da pessoa que tem a vocação para a Carmelo como Secular. É a combinação de todos estes elementos que faz a diferença! 

História e Cronologia da ocds- Província do Sudeste



As primeiras comunidades da Ordem Secular na Província São José nasceram junto aos conventos dos Carmelitas Descalços fundados no Rio de Janeiro (1920), São Paulo (1930) e São Roque (1947). São as comunidades mais antigas. Aos poucos também junto aos Mosteiros de nossas monjas foram surgindo outras comunidades.

Na década de 80 Fr. Patrício Sciadini, sendo Comissário Geral, dá um grande impulso na formação de novas comunidades e no fortalecimento das existentes, visitando-as periodicamente, e, por isso, é considerado pelos nossos leigos de o grande inspirador da Ordem Secular no Brasil. Estas comunidades reuniam-se ávidas do espírito do Carmelo, mas não possuíam muita organização nem estruturação.

Foi a partir de 1985 que as comunidades começam a encontrar-se em nosso Centro de Espiritualidade em São Roque - SP, para partilharem suas experiências e dificuldades. Foi este o início de uma busca de unidade e de estruturação.

Esta é a cronologia dos grandes encontros e fatos na vida do Carmelo Secular da nossa Província:

• 1998
Criação do Conselho Provincial OCDS.
Presidente Provincial: Frederico.
Delegado para a OCDS: frei Alzinir.

• 1999
I Encontro de Presidentes e Mestres
Discussão do texto do Estatuto Provincial

• 2000
Aprovação do Estatuto Provincial pela Casa Geral.
Necessidade de um Plano de Formação.
II Congresso Internacional OCDS – México.

• 2001
Apresentação do Plano de Formação (no III Encontro de Presidentes e Mestres)
Encontro OCDS Norte – Nordeste, em Belém, Pará
Eleição do novo Conselho Provincial.
Presidente Provincial: Frederico.
Delegado para a OCDS: frei Alzinir.

• 2002
I Congresso OCDS Norte – Nordeste, em Belém, Pará.

• 2003
Aprovação das Constituições OCDS.
Encontro de Presidentes e Mestres N-NE, em Fortaleza, Ceará.
II Congresso OCDS N-NE, em Belém, PA.
I Curso de Formação OCDS. Tema: Santa Teresa de Jesus e São João da Cruz (Literatura, Arte, História/Geografia, Espiritualidade)

• 2004
VI Encontro de Presidentes, Formadores e Conselheiros.
Adaptação do Estatuto Provincial às Constituições OCDS.
Eleição do novo Conselho Provincial.
Presidente Provincial: Vera
Delegado para a OCDS: frei Pierino.

• 2005
I Encontro de Jovens OCDS
III Congresso OCDS N-NE, em Belém, PA.

• 2006
Constituição da Associação civil (pessoa jurídica).

• 2008
X Encontro de Presidentes, Formadores e Conselheiros.
V Encontro de Jovens e Iniciantes
V Congresso N-NE.
XXV Congresso Provincial OCDS.
X Encontro de Presidentes , Formadores e Conselheiros da província.
V Encontro de Jovens OCDS

• 2009
VI Encontro de Jovens OCDS
XI Encontro de Presidentes , Formadores e Conselheiros da província
XXVI Congresso Provincial

Espiritualidade e missão



 A expressão laical da Ordem dos Carmelitas descalços nasce do desejo de homens e mulheres, atraídos pela riqueza da espiritualidade da Ordem, de buscarem a perfeição de seu batismo, agregando-se à esta família religiosa, e testemunhando no mundo, segundo o próprio estado secular, a primazia de Deus e a vocação humana à união com Ele. Trata-se, portanto, de uma associação de fiéis que, por um especial chamado, comprometem-se em procurar viver em radicalidade o Evangelho no mundo, mediante um compromisso público, em castidade, pobreza e obediência, em comunhão fraterna, impregnados do espírito orante do Carmelo, tomando como modelo a Virgem Maria, animados pelo zelo apostólico que os fazem abertos às necessidades da igreja e aos desafios do mundo, na promoção da pastoral da espiritualidade, segundo o exemplo e a doutrina de Santa Madre Teresa, S. João da Cruz e dos santos carmelitas.
Animados pelo amor à Igreja, "os Carmelitas Seculares são chamados a oferecer à Igreja, no local onde estão inseridos, na família, no trabalho, na comunidade onde vivem, e, como comunidade, na Igreja local, o testemunho das riquezas da experiência de Deus e da vida de oração como abertura à transcendência, fonte de esperança e de compromisso, terreno de diálogo com as confissões cristãs e com as grandes religiões" (Fr. Camilo).
A pertença à Ordem dos Carmelitas Descalços
Os Carmelitas Seculares fazem parte da grande família do Carmelo Descalço e partilham com os religiosos o mesmo carisma, que eles enriquecem com seu estado de vida secular e com o modo peculiar em que o traduzem em vida.
Os quatro grandes modelos
A Virgem Maria torna-se presente na vida do Carmelita Secular de maneira especial, sobretudo, como modelo de fidelidade na escuta do Senhor e na sua atitude de serviço a

Ele e aos demais. Por ser Mãe da Ordem, ele sente-se especialmente protegido por ela, e nela vê o exemplo de mulher contemplativa, que conservava e meditava no seu coração a vida e as ações do seu Filho; de mulher apostólica, que aconselha a que façam o que o Senhor lhes dissesse; mulher orante e irmã, que persevera com os apóstolos em oração na esperança da vinda do Espírito Santo.

Santa Teresa de Jesus inspira o Carmelita Secular, como mãe e fundadora, à confiança na misericórdia divina, para que perseveremos na oração, para que caminhemos na humildade, para que cultivemos o amor fraterno e para que ardamos de amor à Igreja. A sua abnegação evangélica, a sua disponibilidade para o serviço e a sua constância na prática das virtudes são modelo permanente para aqueles que buscam crescer na vida espiritual em meio ao mundo.

S. João da Cruz, como pai e fundador, anima o Secular a estar vigilantes na vivência da fé, da esperança e do amor, de tal maneira que a verdadeira liberdade dos filhos de Deus possa dar frutos para si, para as nossas Comunidades, para a Ordem e para Igreja e para a sociedade na qual estamos inseridos e na qual queremos ser fermento e sal.

Enfim, o grande inspirador do Carmelo, o Santo Profeta Elias, é para o Carmelita Secular exemplo de homem Deus, que vive sua contínua presença, procurando-O na solidão e no silêncio, zeloso das coisas divinas. Ele oferece ao Carmelita Secular o incentivo a viver no mundo a dimensão profética própria de todo o cristão, defendendo o projeto do Deus vivo e verdadeiro, que quer que todos vivam e tenham a vida em abundância, sendo a voz dos pequenos.

         

   Em comunidade 

O Carmelita Secular, no espírito de Santa Madre Teresa, busca a força, o apoio, o aprendizado e a experiência de todas as virtudes e dimensões de sua espiritualidade, na comunidade. É nas relações entre os membros da comunidade local que o Carmelita Secular encontra o fortalecimento para o seu compromisso com a Igreja e com o mundo.

Por isto, as Comunidades reúnem-se pelo menos uma vez por mês e organizam outros tempos especiais para retiros e jornadas de reflexão, além de organizarem serviços e ações conjuntas, além das específicas e assumidas por cada membro em particular. Os laços fraternos entre os membros da comunidade secular se manifesta no apoio mútuo que se dá entre seus membros, ajudando-se mutuamente em suas necessidades, acompanhando os membros doentes, recordando dos membros que Deus chamou para si. 
As promessas como compromisso
As Promessas que o Carmelita Secular faz publicamente, mais do que uma prenda de santidade pessoal, são um compromisso com a Igreja segundo as suas necessidades, e com o mundo. Ele assume este compromisso manifestando-o perante os membros da sua comunidade, como representantes de toda a Igreja e na presença do Delegado do Superior da Ordem. Pela Promessa ele membro pleno do ramo Secular da Ordem do Carmelo Descalço. Por este motivo, compromete-se a adquirir a formação necessária para conhecer as razões, o conteúdo e o propósito do estilo de vida evangélica que assume. A Promessa realça o seu compromisso batismal e enriquece, para os que são chamados à vocação matrimonial, a vida de esposos e pais.
A Promessa é renovada todos os anos, no período pascal.
O conteúdo das promessas
Pela promessa de obediência evangélica os Carmelitas Seculares recebem a graça de viverem sempre atentos em cumprir a vontade de Deus e de cooperar livremente com aqueles que têm a responsabilidade de conduzir a comunidade e a Ordem – o Conselho da comunidade, o Nosso Padre Provincial e o Nosso Padre Geral, unindo a própria vontade com a d’Aquele que salvou o mundo fazendo-se “obediente até à morte, e morte de Cruz”. Nesta promessa encontram a liberdade para participar mais ativamente nos projetos da comunidade, da Ordem e da Igreja

Pela promessa da pobreza evangélica os Seculares acolhem o modo justo em seu esforço quotidiano por viver o Evangelho e os seus valores, não destraindo-se, pelas coisas, do foco da pessoa humana e da construção do Reino, que exige entrega generosa, abnegação e liberdade interior. Por essa promessa tornam-se mais dependentes d’Aquele que “embora sendo rico se fez pobre por nosso amor” e “despojou-se de si mesmo tomando a condição de servo,” para estar ao serviço dos seus irmãos e irmãs. A virtude da pobreza, que os Carmelitas Seculares buscam viver, os capacitam a usar evangelicamente dos bens deste mundo e das capacidades pessoais, assim como exercitarem-se com confiança total em Deus que os socorre, suas responsabilidades familiares e laborais.

Pela promessa da Castidade evangélica os Carmelitas Seculares comprometem-se a amar a todos com amor de Deus, no respeito consciente a cada pessoa. Cada qual procura imbuir-se da graça da castidade que o capacitará de viver e orientar a própria sexualidade, segundo seu estado de vida: solteiros, casados e viúvos. Nessa promessa encontram a liberdade interior para abrirem-se a todas as pessoas, sem egoísmos e tentações de domínio, e dando testemunho da intimidade divina que experimentam, conforme foi prometida na Bem-aventurança que diz: “Felizes os puros de coração porque eles verão a Deus”.

Nas Bem-aventuranças os Carmelitas Seculares vêem o projeto de vida e um modo de entrar em relação com o mundo, com os nossos vizinhos e companheiros de trabalho, com os nossos familiares e amigos. Ao prometermos viver as Bem-aventuranças na nossa vida quotidiana, tratam de dar testemunho de vida evangélica como membros da Igreja e da Ordem, e, por este testemunho, convidam o mundo a seguir a Cristo: “Caminho, Verdade e Vida".
Elementos da vocação do Carmelita Secular
  • Vida em obséquio de Jesus Cristo
  • Coração puro e reta consciência
  • Constância no serviço do Senhor
  • Perseverança na oração
  • Fidelidade ao convite e ao exemplo do Senhor de orar sem cessar
  • Vivência na constante presença de Deus
  • Atitude de recolhimento interior e de diálogo amoroso com Deus em constante espírito de oração
  • Interesse sincero pelo ensinamento da Igreja e pela espiritualidade dos santos carmelitas
  • Devoção autêntica à Beata Virgem Maria
  • Dedicação de toda a existência
  • Desejo de maturidade na prática da fé, esperança e caridade
  • Sentido de pertença e membros com um só coração e uma só alma
  • Cultivo de relações fraternas com os outros membros da família carmelitana
  • Construção de comunidades mediante uma recíproca ajuda
  • Inclinação por uma presença ativa na sociedade
  • Conformação e participação nos projetos apostólicos da Igreja local e da Província
  • Ajuda mútua na descoberta da inviolável dignidade de cada pessoa humana e na solidariedade de todos
Identidade da OCDS
  • Membro praticante da Igreja Católica
  • Inspiração em Santa Teresa e São João da Cruz
  • Sobre a proteção de Nossa Senhora do Monte Carmelo
  • Inseridos na vida da Ordem
  • Em busca do rosto de Deus
  • Pela salvação da Igreja e do mundo

segunda-feira, 16 de maio de 2011

MEMBROS DA COMUNIDADE

Participantes
Aniversário

Angela Aparecida de Jesus

18/08

Aparecida de Lourdes Lara
15/10

Catarina Maia dos Reis
20/06

Claudia Menezes Fonseca
24/03

Conceição Ap. Borges
12/01

Edna Mª  Piantino Silva Bernardes
08/05

Esli Pimenta
08/08

Fernando A. Fernandes
04/07

Heloisa Andrade Lemos
12/01

Imaculada C. Pimenta
21/03

Irani das Graças A. Silva
10/05

Jane Rodrigues Alves
17/07

Jeovana Aparecida da Silva
05/07

Lourdes de Souza Pimenta
26/10

Lucélia Cândida Ferreira Caetano
26/05

Manoel Vitor A.Vasconcelos
12/10

Marcelo Esper Piotto
04/03

Maria Aparecida de Jesus

07/09

Maria Aparecida Maia

17/08

Maria das Dores Coutinho
11/04

Maria das Graças Felicio
16/07

Maria de Fátima da Silva
12/08

Maria de Lourdes Alcântara
05/03

Maria de Lourdes S. Lemos Reis
16/01

Maria de Lourdes Takahashi
21/12

Maria Laureana P. da Silva
23/07

Maria Silveira Beraldo
25/01

Michele da Silva Roza
06/06

Neuza Maria Silva Souto
02/07

Nora Barbosa A. Minchillo
02/11

Olivia Barbosa
30/03

Orlanda Penha Vieira
06/10

Regina Maria R. Cardoso
25/03

Rosimeire Lemos Piotto

29/11

Sandra Regina Ferreira

14/04

Sebastiana de Lourdes Ribeiro

09/11

Silvia Santiago Castro
25/03

Soraya Santiago Castro
12/11

Suzana Andrade Lemos
26/09

Suzi Alves D. Oliveira
03/04

Teresa Maria de Jesus
18/02